Autora: Meigue Alves dos Santos, Centro de Convivência Infantil – CECI/ Unicamp/
AFPU;
Co-autoras: Maria de Fátima Moraes e Benedita de Lourdes Motta, Centro de
Convivência Infantil – CECI/ Unicamp/ AFPU
Justificativa:
Esse projeto é tem sido um projeto contínuo, e vem sendo desenvolvido com crianças de três e meio anos em no Centro de Convivência Infantil – CECI Unicamp com duas turmas, uma em 2006 e outra em 2007 e foi , e visa o levantamento e o resgate do repertório de estórias folclóricas e populares, pertencentes à tradição oral que foram transmitidos de geração em geração, através dos familiares das crianças à elas, e incentivar o hábito de ouvir,e re- contar, através da rememoração, pois “a arte de narrar sempre esteve mergulhada nas artes da memória e da repetição. É esta a repetição que, desde os tempos remotos, tem garantido a preservação do vivido e do contado, das experiências coletivas e individuais, da cultura dos
povos(...)(Jaqueline de Fátima dos Santos Morais). Isso porque narrar estórias às
crianças é de certa forma imprimir marcas do texto no próprio ouvinte: marcas da
cultura de seu grupo, marca de outros grupos distantes, marcas nem sabemos
quais. Nosso desafio: livrar-nos do esquecimento que apaga nossos traços e nossos
feitos.” Por isso, fui em busca de alguns autores, tais como Romero, Azevedo e
cascudo e um folclorista que escreveu Contos populares, e nele ele registra diversos contos, divididos por categoria: contos de encantamento, contos de exemplo, contos de animais, facéias, contos religiosos, contos etiológicos, demônio logrado, contos de adivinhações, contos de natureza denunciante, contos acumulativos, e ciclo da morte. no seu segundo livro suscita a conceituação do que é fato folclórico, e delimita a literatura oral. Ele faz também um estudo analítico e comparativo dos principais gêneros da literatura oral, e lança informações de natureza etnográfica, indicando os componentes indígenas, negro e português. Benjamin e Morais trazem que a narrativas é importantes, pois: “ela não está interessada em transmitir o “puro em si” da coisa narrada como uma informação ou um relatório . Ela mergulha a coisa na vida do narrador para em seguida retirá-l a dele. Assim se imprime na narrativa a marca do narrador, como a mão do oleiro na argila do vaso.” Benjamim, 1984:205. Sem dúvida, a arte de narrar sempre esteve mergulhada nas artes da memória e da repetição, é assim que Morais mostra a trajetória das varias estórias pertencentes à tradição, que chamam a atenção por possibilitar encontrar indícios, desde sua origem, a respeito dos caminhos que transitam a memória dos homens e mulheres. Ela faz uma discussão sobre o esquecimento e a vida humana e cotidiana como lugar onde a história se faz e refaz, e nela procura encontrar a identidade humana, em preservar sua história. Traz também a importância de narrar estórias para as crianças, e a apreensão por parte delas de maneira apaixonada. Já Fernandes a traz contribuições riquíssimas quanto á permanência das práticas tradicionais e da mentalidade popular no período de desintegração da herança cultural arcaica e de aceleração do desenvolvimento urbano industrial. Seu livro é composto de cinco ensaios que registra composições folclóricas e como elas foram afetadas, na cidade de São Paulo, a sua sobrevivência. Já Bakthin sinaliza para a complexidade da língua oral, como forma de comunicação e a importância de se focar no processo de desenvolvimento, que é a análise histórica de desenvolvimento da constituição de um sujeito, ou seja, procurar estudá-lo em seu processo de mudança.
Esse projeto é tem sido um projeto contínuo, e vem sendo desenvolvido com crianças de três e meio anos em no Centro de Convivência Infantil – CECI Unicamp com duas turmas, uma em 2006 e outra em 2007 e foi , e visa o levantamento e o resgate do repertório de estórias folclóricas e populares, pertencentes à tradição oral que foram transmitidos de geração em geração, através dos familiares das crianças à elas, e incentivar o hábito de ouvir,e re- contar, através da rememoração, pois “a arte de narrar sempre esteve mergulhada nas artes da memória e da repetição. É esta a repetição que, desde os tempos remotos, tem garantido a preservação do vivido e do contado, das experiências coletivas e individuais, da cultura dos
povos(...)(Jaqueline de Fátima dos Santos Morais). Isso porque narrar estórias às
crianças é de certa forma imprimir marcas do texto no próprio ouvinte: marcas da
cultura de seu grupo, marca de outros grupos distantes, marcas nem sabemos
quais. Nosso desafio: livrar-nos do esquecimento que apaga nossos traços e nossos
feitos.” Por isso, fui em busca de alguns autores, tais como Romero, Azevedo e
cascudo e um folclorista que escreveu Contos populares, e nele ele registra diversos contos, divididos por categoria: contos de encantamento, contos de exemplo, contos de animais, facéias, contos religiosos, contos etiológicos, demônio logrado, contos de adivinhações, contos de natureza denunciante, contos acumulativos, e ciclo da morte. no seu segundo livro suscita a conceituação do que é fato folclórico, e delimita a literatura oral. Ele faz também um estudo analítico e comparativo dos principais gêneros da literatura oral, e lança informações de natureza etnográfica, indicando os componentes indígenas, negro e português. Benjamin e Morais trazem que a narrativas é importantes, pois: “ela não está interessada em transmitir o “puro em si” da coisa narrada como uma informação ou um relatório . Ela mergulha a coisa na vida do narrador para em seguida retirá-l a dele. Assim se imprime na narrativa a marca do narrador, como a mão do oleiro na argila do vaso.” Benjamim, 1984:205. Sem dúvida, a arte de narrar sempre esteve mergulhada nas artes da memória e da repetição, é assim que Morais mostra a trajetória das varias estórias pertencentes à tradição, que chamam a atenção por possibilitar encontrar indícios, desde sua origem, a respeito dos caminhos que transitam a memória dos homens e mulheres. Ela faz uma discussão sobre o esquecimento e a vida humana e cotidiana como lugar onde a história se faz e refaz, e nela procura encontrar a identidade humana, em preservar sua história. Traz também a importância de narrar estórias para as crianças, e a apreensão por parte delas de maneira apaixonada. Já Fernandes a traz contribuições riquíssimas quanto á permanência das práticas tradicionais e da mentalidade popular no período de desintegração da herança cultural arcaica e de aceleração do desenvolvimento urbano industrial. Seu livro é composto de cinco ensaios que registra composições folclóricas e como elas foram afetadas, na cidade de São Paulo, a sua sobrevivência. Já Bakthin sinaliza para a complexidade da língua oral, como forma de comunicação e a importância de se focar no processo de desenvolvimento, que é a análise histórica de desenvolvimento da constituição de um sujeito, ou seja, procurar estudá-lo em seu processo de mudança.
Objetivos
Os Objetivos Gerais desse projeto é, inicialmente, O resgate da historicidade e a identidade cultural de cada família; a formação de futuros contadores de estórias, e incentivar o desejo pela Literatura Popular e pela representação das diversas narrativas Desenvolver a oralidade e a criatividade aprendendo, com as estórias contadas, encenadas , vencer as barreiras da timidez, através da participação ativa nas diversas atividades, de crianças que possuem dificuldade em
se expor, seja na rodinha de conversa ou em locais públicos. É importante propiciar o desenvolvimento do raciocínio lógico, do senso crítico, e da imaginação das crianças, e assim, despertar o interesse pela leitura como fonte de informações culturais, as quais somam-se a sua vivência concreta:
Permitir a manifestação da curiosidade infantil conciliando os interesses individuais das crianças como o tema; imprimir ao tema uma visão flexível e ampla, ao mesmo tempo contextualizada; Garantir a criatividade no trato com o tema; e também promover de forma equilibrada e eqüitativa, a manifestação espontânea das propriedades artísticas, intelectuais e de coordenação físico-motora da criança, a fim de aproveita-las como forma de trabalho e desenvolvimento. Os objetivos específicos visam ampliar gradativamente as possibilidades de comunicação e expressão e participando de diversas situações de intercâmbio social nas quais possa contar e recontar suas vivências ao ouvir as diversas estórias existentes. A partir desse intercâmbio, eles passam a elaborar e responder perguntas, familiarizar-se com a escrita por meio de livros e outros portadores da vivência de diversas situações nas quais seu uso se faz necessário. E, a partir do contato com as estorias e a diversidade de textos eles compartilharão idéias, gostos,
desejos, e assim terão oportunidade de desenvolver e expressar suas idéias, sua linguagem , além da cooperação que capacitará a criança a reagir diante de situações sociais de convivência em grupo:
E, com isso ampliar o vocabulário e estruturação das frases, bem como a articulação e boa dicção, Incentivar àacriticidade, desenvolver raciocínio lógico e aguçar a memória; ampliar as possibilidades de expressão do prórpio movimento, de suas emoções e descobertas, por meio de diferentes gestos, em diferentes brincadeiras e jogos; desenvolver as percepções, a descoberta, a observação, a criatividade e a imaginação.trabalhar a noção de espaço, dentro-fora, pequenogrande, escuro-claro... Incentivo ao desenvolvimento da linguagem corporal.
Os Objetivos Gerais desse projeto é, inicialmente, O resgate da historicidade e a identidade cultural de cada família; a formação de futuros contadores de estórias, e incentivar o desejo pela Literatura Popular e pela representação das diversas narrativas Desenvolver a oralidade e a criatividade aprendendo, com as estórias contadas, encenadas , vencer as barreiras da timidez, através da participação ativa nas diversas atividades, de crianças que possuem dificuldade em
se expor, seja na rodinha de conversa ou em locais públicos. É importante propiciar o desenvolvimento do raciocínio lógico, do senso crítico, e da imaginação das crianças, e assim, despertar o interesse pela leitura como fonte de informações culturais, as quais somam-se a sua vivência concreta:
Permitir a manifestação da curiosidade infantil conciliando os interesses individuais das crianças como o tema; imprimir ao tema uma visão flexível e ampla, ao mesmo tempo contextualizada; Garantir a criatividade no trato com o tema; e também promover de forma equilibrada e eqüitativa, a manifestação espontânea das propriedades artísticas, intelectuais e de coordenação físico-motora da criança, a fim de aproveita-las como forma de trabalho e desenvolvimento. Os objetivos específicos visam ampliar gradativamente as possibilidades de comunicação e expressão e participando de diversas situações de intercâmbio social nas quais possa contar e recontar suas vivências ao ouvir as diversas estórias existentes. A partir desse intercâmbio, eles passam a elaborar e responder perguntas, familiarizar-se com a escrita por meio de livros e outros portadores da vivência de diversas situações nas quais seu uso se faz necessário. E, a partir do contato com as estorias e a diversidade de textos eles compartilharão idéias, gostos,
desejos, e assim terão oportunidade de desenvolver e expressar suas idéias, sua linguagem , além da cooperação que capacitará a criança a reagir diante de situações sociais de convivência em grupo:
E, com isso ampliar o vocabulário e estruturação das frases, bem como a articulação e boa dicção, Incentivar àacriticidade, desenvolver raciocínio lógico e aguçar a memória; ampliar as possibilidades de expressão do prórpio movimento, de suas emoções e descobertas, por meio de diferentes gestos, em diferentes brincadeiras e jogos; desenvolver as percepções, a descoberta, a observação, a criatividade e a imaginação.trabalhar a noção de espaço, dentro-fora, pequenogrande, escuro-claro... Incentivo ao desenvolvimento da linguagem corporal.
METODOLOGIA
As metodologias usadas foram a “Contação” de Estórias, a que suscitaram outros meios, tais como:. trabalho com situações lógicas, pesquisas, jogos; uso da sala de leitura, relatos e discussões, dramatizações, DVD's de estórias folclóricas. murais, gravação de vídeos das histórias contadas pelso familiares, danças e registros diversos ( desenhos, colagens...).
As metodologias usadas foram a “Contação” de Estórias, a que suscitaram outros meios, tais como:. trabalho com situações lógicas, pesquisas, jogos; uso da sala de leitura, relatos e discussões, dramatizações, DVD's de estórias folclóricas. murais, gravação de vídeos das histórias contadas pelso familiares, danças e registros diversos ( desenhos, colagens...).
TEMA GERADOR:
Era uma vez... Quero contar outra vez!
Esse projeto de atividades está sendo realizado com crianças de três anos e meio, e tem envolvido os familiares, e alguns outros profissionais de educação. Aproveitando que as crianças se interessavam por estórias, percebemos a atenção dadas à elas, no momento que eu e minha companheira de trabalho, contávamos estórias à eles. Assim pedimos aos pais e familiares para que nos relatassem estórias que se lembrassem, mas o retorno que tivemos com esse ultimo grupo foi baixo, apenas 3 mães enviaram as estórias. O que dificultava esse escrita, essa rememoração? Como saber? Conhecendo e vivenciando as narrativas... Escutar as narrativas pertence a tradição oral, percebendo nelas um papel restaurador da humanidade perdida na modernidade e desenvolvendo sobre elas uma escuta sensível, quem nos lembra que “contar estórias sempre foi a arte de recontá-las de novo, e ela se perde quando as estórias não são mais conservadas” (Benjamin, 1985, p.205) Esse assunto foi desenvolvido, com o primeiro grupo em 2006, mediante a “contação” de estórias, em que as crianças passaram a vivenciar os personagens, em suas brincadeiras e em diversos outros momentos. O imaginário e a fantasia
passaram a fazer parte do cotidiano das crianças. Em decorrência desse fato, as crianças começaram a sugerir que contássemos as diversas estórias. Com isso, passaram a demonstrar uma ótima memória ao fazerem a “releitura” (ao transcreverem as estórias na forma de desenhos, pinturas, colagens, relatos, manuseio de fantoches...), quanto a quantidade de estórias que tiveram contato. Apesar dos pais não colaborarem no envio da escrita das estórias pediadas, por motivos particulares, pensamos em convida-los a compartilhá-as pessoalmente acreditando que poderia unir as duas atividades: a visita dos pais e avós, e o contar estórias, e criando assim um espaço relacional com a estória como mediadora entre a criança e seus pais e avós, uma vez que no Ceci, como em outras creches , há uma certa rotina a ser seguida, mas o que o difere de muitas, diz respeito a disponibilidade do espaço aberto aos familiares, pais ou avós responsáveis pelas crianças, para fazerem visitas com o intuito de terem um tempo juntos, cujos momentos acontecem no horário de almoço desses responsáveis, que se organizam para tal evento junto com as crianças. Sendo assim, os pais e responsáveis vieram e compartilharam um pouco do repertório de estórias que lhes foram contadas em sua infância. Esses momentos se deram em horários previamente sugeridos pelos responsáveis.
As crianças estavam muito entusiasmadas com a possibilidade de seus pais virem contar estórias, visto que alguns já haviam compartilhado a sua estória, pois o prazer que haviam desfrutado nos momentos anteriores, eram sempre suscitado nas rodas-de-conversas, nas conversas informais e nas brincadeiras. Segundo Benjamim (1985:205) as estórias que são revividas na memória do contador, levam o ouvinte a esquecer-se de si mesmo para que seja imprimido o que é ouvido. Cada texto lido ou interpretado oralmente transportou as crianças para dentro das estórias, e assim a vivenciaram como se fizesse parte de suas vidas. E assim todos procuraram organizar seu tempo para participarem daquele espaço relacional mediado pelas estórias que tanto apaixonavam as crianças. E ao narratem erm sempre com o mesmo ardor, por algumas mães, e timidamente por outras. Algumas mães mostravam dificuldade na narração, lendo fielmente o texto do livro, outras apenas mostravam as figuras contidas nos livros, com o seu entusiasmo contagiante e expressões corporais e liberdade de não se ater a ser fiel ao texto, outras sentiam-se á vontade narrando oralmente, em seus movimentos corporal, expressões faciais e criatividade, contavam como se sentissem , como se estivessem vivenciando-as. A construção do conhecimento deu-se a partir da realização das atividades em
um plano lúdico, pois as crianças absorvem tudo ao seu redor de forma lúdica, através de jogos simbólicos, do faz-de-conta, da literatura oral, Literatura impressa, vídeos, entre outros. Momentos pelos quais serviram de experiência que auxiliou na ampliação de horizontes e do conhecimento do mundo. Esses momentos suscitam sentimentos importantes, tais como: tristeza, raiva, alegria, bem-estar, segurança, insegurança, em fim, a manifestação de diversas emoções ao viveram profundamente tudo o que as narrativas provocam em quem as ouvem, com amplitude, significância e verdade que cada uma delas fez brotas ou não. “Ouvir estórias é viver um momento de gostosuras, de prazer, de divertimento dos melhores...É encantamento, maravilhamento, sedução... A estória é ampliadora de referenciais, inquietude provocada, suspense a ser resolvido, torcida desenfreada, saudades sentidas, caminhos novos apontados, sorriso gargalhado, belezas desfrutadas, e as mil maravilhas mais que uma boa estória provoca...”(Fanny Abramovich, 1997, p.24) Foi e está sendo de extrema importância a interação entre família, criança e creche, por ser através dessa relação que as crianças vão se apropriando de mediações simbólicas, tornando seus, objetos, palavras, movimentos, idéias e os dizeres do outro. Isso porque segundo Vygotsky, é importante a mediação que o meio social, que o ambiente em que a criança está inserido lhes oportunizam: “A força de uma estória é tamanha que o narrador e ouvinte caminham juntos na trilha do enredo e ocorre uma vibração recíproca de sensibilidade a ponto de diluir-se o ambiente real ante a magia da palavra, participamos dela, sem que ocorra alienação, num processo essencial recreativo.” (Andreza da Silva Vargas)
Esse projeto de atividades está sendo realizado com crianças de três anos e meio, e tem envolvido os familiares, e alguns outros profissionais de educação. Aproveitando que as crianças se interessavam por estórias, percebemos a atenção dadas à elas, no momento que eu e minha companheira de trabalho, contávamos estórias à eles. Assim pedimos aos pais e familiares para que nos relatassem estórias que se lembrassem, mas o retorno que tivemos com esse ultimo grupo foi baixo, apenas 3 mães enviaram as estórias. O que dificultava esse escrita, essa rememoração? Como saber? Conhecendo e vivenciando as narrativas... Escutar as narrativas pertence a tradição oral, percebendo nelas um papel restaurador da humanidade perdida na modernidade e desenvolvendo sobre elas uma escuta sensível, quem nos lembra que “contar estórias sempre foi a arte de recontá-las de novo, e ela se perde quando as estórias não são mais conservadas” (Benjamin, 1985, p.205) Esse assunto foi desenvolvido, com o primeiro grupo em 2006, mediante a “contação” de estórias, em que as crianças passaram a vivenciar os personagens, em suas brincadeiras e em diversos outros momentos. O imaginário e a fantasia
passaram a fazer parte do cotidiano das crianças. Em decorrência desse fato, as crianças começaram a sugerir que contássemos as diversas estórias. Com isso, passaram a demonstrar uma ótima memória ao fazerem a “releitura” (ao transcreverem as estórias na forma de desenhos, pinturas, colagens, relatos, manuseio de fantoches...), quanto a quantidade de estórias que tiveram contato. Apesar dos pais não colaborarem no envio da escrita das estórias pediadas, por motivos particulares, pensamos em convida-los a compartilhá-as pessoalmente acreditando que poderia unir as duas atividades: a visita dos pais e avós, e o contar estórias, e criando assim um espaço relacional com a estória como mediadora entre a criança e seus pais e avós, uma vez que no Ceci, como em outras creches , há uma certa rotina a ser seguida, mas o que o difere de muitas, diz respeito a disponibilidade do espaço aberto aos familiares, pais ou avós responsáveis pelas crianças, para fazerem visitas com o intuito de terem um tempo juntos, cujos momentos acontecem no horário de almoço desses responsáveis, que se organizam para tal evento junto com as crianças. Sendo assim, os pais e responsáveis vieram e compartilharam um pouco do repertório de estórias que lhes foram contadas em sua infância. Esses momentos se deram em horários previamente sugeridos pelos responsáveis.
As crianças estavam muito entusiasmadas com a possibilidade de seus pais virem contar estórias, visto que alguns já haviam compartilhado a sua estória, pois o prazer que haviam desfrutado nos momentos anteriores, eram sempre suscitado nas rodas-de-conversas, nas conversas informais e nas brincadeiras. Segundo Benjamim (1985:205) as estórias que são revividas na memória do contador, levam o ouvinte a esquecer-se de si mesmo para que seja imprimido o que é ouvido. Cada texto lido ou interpretado oralmente transportou as crianças para dentro das estórias, e assim a vivenciaram como se fizesse parte de suas vidas. E assim todos procuraram organizar seu tempo para participarem daquele espaço relacional mediado pelas estórias que tanto apaixonavam as crianças. E ao narratem erm sempre com o mesmo ardor, por algumas mães, e timidamente por outras. Algumas mães mostravam dificuldade na narração, lendo fielmente o texto do livro, outras apenas mostravam as figuras contidas nos livros, com o seu entusiasmo contagiante e expressões corporais e liberdade de não se ater a ser fiel ao texto, outras sentiam-se á vontade narrando oralmente, em seus movimentos corporal, expressões faciais e criatividade, contavam como se sentissem , como se estivessem vivenciando-as. A construção do conhecimento deu-se a partir da realização das atividades em
um plano lúdico, pois as crianças absorvem tudo ao seu redor de forma lúdica, através de jogos simbólicos, do faz-de-conta, da literatura oral, Literatura impressa, vídeos, entre outros. Momentos pelos quais serviram de experiência que auxiliou na ampliação de horizontes e do conhecimento do mundo. Esses momentos suscitam sentimentos importantes, tais como: tristeza, raiva, alegria, bem-estar, segurança, insegurança, em fim, a manifestação de diversas emoções ao viveram profundamente tudo o que as narrativas provocam em quem as ouvem, com amplitude, significância e verdade que cada uma delas fez brotas ou não. “Ouvir estórias é viver um momento de gostosuras, de prazer, de divertimento dos melhores...É encantamento, maravilhamento, sedução... A estória é ampliadora de referenciais, inquietude provocada, suspense a ser resolvido, torcida desenfreada, saudades sentidas, caminhos novos apontados, sorriso gargalhado, belezas desfrutadas, e as mil maravilhas mais que uma boa estória provoca...”(Fanny Abramovich, 1997, p.24) Foi e está sendo de extrema importância a interação entre família, criança e creche, por ser através dessa relação que as crianças vão se apropriando de mediações simbólicas, tornando seus, objetos, palavras, movimentos, idéias e os dizeres do outro. Isso porque segundo Vygotsky, é importante a mediação que o meio social, que o ambiente em que a criança está inserido lhes oportunizam: “A força de uma estória é tamanha que o narrador e ouvinte caminham juntos na trilha do enredo e ocorre uma vibração recíproca de sensibilidade a ponto de diluir-se o ambiente real ante a magia da palavra, participamos dela, sem que ocorra alienação, num processo essencial recreativo.” (Andreza da Silva Vargas)
Re-Leitura das Estórias
Uma criança aprende por suas próprias experiências a desenvolver conceitos sobre as coisas ao seu redor. A integração de suas percepções com seus movimentos é a base para o entendimento do significado das coisas, até mais ou menos dois anos de idade. Esta base senso-motora é o alicerce no qual a linguagem será apoiada. Assim, Machado(2002: 20) destaca a importância significativa do contato com estórias desde a mais tenra idade, por fazer parte indissociável da bagagem cultural e afetiva que seu leitor incorporou pela vida afora, ajudando-o a ser quem foi e a mostrar quem é. “ (...) a simples idéia de uma boa brincadeira proporcionada pela leitura, pelo ouvir a narrativa, pode ir além do mero entendimento ou diversão superficial e descartável. Quando brinca a criança faz-de-conta. Quando cresce, sonha. Isto é, fantasia, imagina, finge, cria uma ficção. E isso desempenha um outro papel importantíssimo para qualquer ser humano estar consigo mesmo, além do prazer que traz(...)” Nesse pensamento é que proporcionamos momentos para que isso fosse real na vida dessas crianças. Elas expressaram suas várias linguagens, sejam corporais, sejam pictórias, sejam orais, sejam de todos os tipos possíveis. A idéia de dramatizar a estória: Dona baratinha surgiu quando eu contei essa estória, e disse que minha tia me contava quando pequena, e eu gostava muito, pois haviam muitas musicas que envolviam o enredo. Então ganhamos um CD em que uma das narrativas era “Dona Baratinha”, e estava recheada de músicas, como havia falado. Esse foi o ponto de partida para que começassem a transporem os personagens desse estória para as suas brincadeiras. Então vimos que era muito natural a releitura que estavam fazendo dessa narrativa, e propomos contar, de um modo diferente, para as outras crianças. Confeccionamos roupas,
Re- Leitura: Dramatização Dona Baratinha Com a segunda turma, em 2007, o tema foi introduzido com o CD : Lá Vem História: Histórias do Folclore Brasileiro traz como apresentadora a já renomada cantora, instrumentista e contadora de histórias Bia Bedran, que há 25 anos atua nesta área. Bia Bedran utiliza vários elementos extras para contar e encarnar os
personagens das histórias que conta, mesclando música ao seu estilo próprio de narrar. Interpretando 20 lendas do folclore e do imaginário popular brasileiro, neste DVD ela lança mão de uma grande variedade de instrumentos musicais para ilustrar e sonorizar famosas histórias. Nós trabalhamos com as diversas estórias folclóricas, em que as crianças puderam conhecê-las de um modo diferente. Esse Cd desencadeou todo o projeto com essa segunda turma, e assim as mães, como no segundo grupo, vieram contar estórias, mas a maneira que as crianças sugeriram foi compartilhar com os outros grupos de crianças as estórias que suas mães contaram, e outras que vimos no CD de Betran. Esses momentos acontecem mediante a participação das crianças desse grupo junsto com suas professoras, narrando às outras crianças, à moda antiga: oralmente.A repercussão nesse grupo foi grande, fazendo desses momentos muito ricos, pois está havendo o compartilhamento da cultura de cada um e do coletivo, assim como a rememoração para alguns e “novo para outros” que essas estórias folclóricas tem proporcionado, assim como o
resgate, mencionado no inicio do texto.
Uma criança aprende por suas próprias experiências a desenvolver conceitos sobre as coisas ao seu redor. A integração de suas percepções com seus movimentos é a base para o entendimento do significado das coisas, até mais ou menos dois anos de idade. Esta base senso-motora é o alicerce no qual a linguagem será apoiada. Assim, Machado(2002: 20) destaca a importância significativa do contato com estórias desde a mais tenra idade, por fazer parte indissociável da bagagem cultural e afetiva que seu leitor incorporou pela vida afora, ajudando-o a ser quem foi e a mostrar quem é. “ (...) a simples idéia de uma boa brincadeira proporcionada pela leitura, pelo ouvir a narrativa, pode ir além do mero entendimento ou diversão superficial e descartável. Quando brinca a criança faz-de-conta. Quando cresce, sonha. Isto é, fantasia, imagina, finge, cria uma ficção. E isso desempenha um outro papel importantíssimo para qualquer ser humano estar consigo mesmo, além do prazer que traz(...)” Nesse pensamento é que proporcionamos momentos para que isso fosse real na vida dessas crianças. Elas expressaram suas várias linguagens, sejam corporais, sejam pictórias, sejam orais, sejam de todos os tipos possíveis. A idéia de dramatizar a estória: Dona baratinha surgiu quando eu contei essa estória, e disse que minha tia me contava quando pequena, e eu gostava muito, pois haviam muitas musicas que envolviam o enredo. Então ganhamos um CD em que uma das narrativas era “Dona Baratinha”, e estava recheada de músicas, como havia falado. Esse foi o ponto de partida para que começassem a transporem os personagens desse estória para as suas brincadeiras. Então vimos que era muito natural a releitura que estavam fazendo dessa narrativa, e propomos contar, de um modo diferente, para as outras crianças. Confeccionamos roupas,
Re- Leitura: Dramatização Dona Baratinha Com a segunda turma, em 2007, o tema foi introduzido com o CD : Lá Vem História: Histórias do Folclore Brasileiro traz como apresentadora a já renomada cantora, instrumentista e contadora de histórias Bia Bedran, que há 25 anos atua nesta área. Bia Bedran utiliza vários elementos extras para contar e encarnar os
personagens das histórias que conta, mesclando música ao seu estilo próprio de narrar. Interpretando 20 lendas do folclore e do imaginário popular brasileiro, neste DVD ela lança mão de uma grande variedade de instrumentos musicais para ilustrar e sonorizar famosas histórias. Nós trabalhamos com as diversas estórias folclóricas, em que as crianças puderam conhecê-las de um modo diferente. Esse Cd desencadeou todo o projeto com essa segunda turma, e assim as mães, como no segundo grupo, vieram contar estórias, mas a maneira que as crianças sugeriram foi compartilhar com os outros grupos de crianças as estórias que suas mães contaram, e outras que vimos no CD de Betran. Esses momentos acontecem mediante a participação das crianças desse grupo junsto com suas professoras, narrando às outras crianças, à moda antiga: oralmente.A repercussão nesse grupo foi grande, fazendo desses momentos muito ricos, pois está havendo o compartilhamento da cultura de cada um e do coletivo, assim como a rememoração para alguns e “novo para outros” que essas estórias folclóricas tem proporcionado, assim como o
resgate, mencionado no inicio do texto.
Conclusão
Percebemos um desenvolvimento muito significativo da linguagem oral, pela clareza na fala, pela objetividade, facilidade e praticidade. Nas atividade, as crianças puderam reunir e organizar o pensamento, atingindo assim, o nosso objetivo.Todo o processo de aprendizado dos alunos foi documentado através de relatórios, fotografias e as atividades realizadas pelas crianças dos alunos. Isso facilitou o nosso trabalho com eles, perceberam que com as histórias somos transportados para vários locais, desenhando aos poucos nossa identidade. Este processo pode
revelar as possíveis formas de se relacionar e enfrentar a nossa vida. Basta soltar a imaginação. A participação em situações de leitura de diferentes gêneros feita pelos adultos, e a releitura feita pelas crianças, as estórias contadas ou dramatizadas; a participação em situações cotidianas nas quais se faz necessário o uso da leitura e da escrita, no caso desse grupo, o desenho, a observação e manuseio de materiais impressos, e por tudo já relatado até aqui, é que o projeto de atividades “Era uma vez... Quero contar outra vez!...” proporcionou a s crianças deixarem de lado a timidez, para participarem ativamente de todas as atividades propostas. Tudo isso conta com um espaço onde profissionais compromissados com a formações de leitores, um lugar onde as estórias diárias ou não tornam-se importantes. Pudemos ver também através, da dramatização da estória: Dona Baratinha e do recontar e compartilhar as estórias com outros grupos de crianças, o que tem resultado dessas experiências, do contato com as diversas narrativas populares ou não. Está sendo possível descobrir entre esquecimentos e lembranças, singulares leitores e memórias de narrativas, mas junto com eles foram apresentados outros tantos parceiros do tempo do “ser pequenininho” e da primeira estória que eu ouvi. Suas vozes são relembradas no relato das crianças, em suas brincadeiras, nas conversar informais, nas releituras que fazem, nessa busca de pistas de estórias, tramando-se o tecido coletivo de rememoração e imaginários.
Eles são capazes de recontar as estórias, tanto oralmente quanto através de desenhos, pinturas, e deixam transparecer em suas narrativas o que mais marcou a cada um, das estórias contadas.
É visível as várias linguagens e os vários modos de ver o mundo que as crianças expõem no decorrer das atividades. no dia a dia, na observação, no que as crianças traziam e trazem para a roda de conversa, em suas brincadeiras, em seus registros, em suas releituras.Todas as atividades foram e estão sendo filmadas e fotografadas, sendo estes reproduzidos para que cada criança leve a sua “Coletânea de estórias”. O primeiro grupo já recebeu o seu, agora estão sendo reproduzidos os materiais para o segundo CD : “Coletâneas de estórias II” Estão sendo ricos e muito importante os momentos para a apreciação as narrativas, da comunicação entre as crianças, da troca de idéias, do compartilhamento de experiências, relatando sua realidade, com um senso critico e a imaginação aflorando o vocabulário e melhorando as estruturações das frases, ajudando na articulação e boa dicção. Enfim, trabalhando, aprendendo e transmitindo os diversos valores e conceitos adquiridos através dessas fascinante estórias. Ah!!!Como é bom para a formação de qualquer criança ouvir muitas, muitas estórias...escutá-las é o início da aprendizagem para ser um leitor é ter um caminho absolutamente infinito de descoberta e de Compreensão do mundo...”(Fanny Abramovich, 1997, p.16)
Percebemos um desenvolvimento muito significativo da linguagem oral, pela clareza na fala, pela objetividade, facilidade e praticidade. Nas atividade, as crianças puderam reunir e organizar o pensamento, atingindo assim, o nosso objetivo.Todo o processo de aprendizado dos alunos foi documentado através de relatórios, fotografias e as atividades realizadas pelas crianças dos alunos. Isso facilitou o nosso trabalho com eles, perceberam que com as histórias somos transportados para vários locais, desenhando aos poucos nossa identidade. Este processo pode
revelar as possíveis formas de se relacionar e enfrentar a nossa vida. Basta soltar a imaginação. A participação em situações de leitura de diferentes gêneros feita pelos adultos, e a releitura feita pelas crianças, as estórias contadas ou dramatizadas; a participação em situações cotidianas nas quais se faz necessário o uso da leitura e da escrita, no caso desse grupo, o desenho, a observação e manuseio de materiais impressos, e por tudo já relatado até aqui, é que o projeto de atividades “Era uma vez... Quero contar outra vez!...” proporcionou a s crianças deixarem de lado a timidez, para participarem ativamente de todas as atividades propostas. Tudo isso conta com um espaço onde profissionais compromissados com a formações de leitores, um lugar onde as estórias diárias ou não tornam-se importantes. Pudemos ver também através, da dramatização da estória: Dona Baratinha e do recontar e compartilhar as estórias com outros grupos de crianças, o que tem resultado dessas experiências, do contato com as diversas narrativas populares ou não. Está sendo possível descobrir entre esquecimentos e lembranças, singulares leitores e memórias de narrativas, mas junto com eles foram apresentados outros tantos parceiros do tempo do “ser pequenininho” e da primeira estória que eu ouvi. Suas vozes são relembradas no relato das crianças, em suas brincadeiras, nas conversar informais, nas releituras que fazem, nessa busca de pistas de estórias, tramando-se o tecido coletivo de rememoração e imaginários.
Eles são capazes de recontar as estórias, tanto oralmente quanto através de desenhos, pinturas, e deixam transparecer em suas narrativas o que mais marcou a cada um, das estórias contadas.
É visível as várias linguagens e os vários modos de ver o mundo que as crianças expõem no decorrer das atividades. no dia a dia, na observação, no que as crianças traziam e trazem para a roda de conversa, em suas brincadeiras, em seus registros, em suas releituras.Todas as atividades foram e estão sendo filmadas e fotografadas, sendo estes reproduzidos para que cada criança leve a sua “Coletânea de estórias”. O primeiro grupo já recebeu o seu, agora estão sendo reproduzidos os materiais para o segundo CD : “Coletâneas de estórias II” Estão sendo ricos e muito importante os momentos para a apreciação as narrativas, da comunicação entre as crianças, da troca de idéias, do compartilhamento de experiências, relatando sua realidade, com um senso critico e a imaginação aflorando o vocabulário e melhorando as estruturações das frases, ajudando na articulação e boa dicção. Enfim, trabalhando, aprendendo e transmitindo os diversos valores e conceitos adquiridos através dessas fascinante estórias. Ah!!!Como é bom para a formação de qualquer criança ouvir muitas, muitas estórias...escutá-las é o início da aprendizagem para ser um leitor é ter um caminho absolutamente infinito de descoberta e de Compreensão do mundo...”(Fanny Abramovich, 1997, p.16)
2 comentários:
Olá!!Tem enquete nova no nosso blog!! Passa lá depois pra responder!! Sua opinião é muito importante pra nós!! Bjinhus...
Tem selinho pra vc no meu blog.
Beijos
by Milla
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